Ponto de Partida
- Maria Beatriz Vilaça
- 25 de jul. de 2020
- 2 min de leitura
Atualizado: 26 de jul. de 2020
A ansiedade sempre foi uma das minhas amigas inseparáveis: há quem diga que tenha uma predisposição genética para que ela me acompanhe (o que não duvido!). Agravou com as alterações hormonais naturais inerentes às várias fases da vida de um indivíduo, principalmente do sexo feminino.
Rapidamente me apercebi que o trabalho era um ótimo antídoto contra o que ela me fazia sentir: ora, se estivesse preocupada e o meu foco fossem exclusivamente os meus pacientes, não me sobrava tempo para que a minha caríssima amiga se revelasse através de incertezas na minha vida pessoal.
Problema: em tempo de quarentena, não havia possibilidade de trabalhar 10h por dia...Ups, espaço gigante para que a ansiedade dominasse tudo aquilo que eu fazia e pensava. A toma de ansíoliticos assumiu-se como a única maneira de travar a situação.
Instalou-se "O Trio Assassino": ansiolíticos, fast food e hormonas. Tinha tudo o que era preciso para não me sentir bem nem física (com mais 9Kg) nem emocionalmente.
Depois de várias tentativas (sem sucesso!) de dietas restritivas e comprimidos, achei que era tempo de parar (com tantas horas livres no meu dia, o que não me faltava era tempo!) e fazer uma introspecção, para discriminar os meus problemas e as metas que queria alcançar.
Mas, sozinhos, muitas vezes, não somos capazes de fazer esse exercício de uma forma autónoma (pelo menos, inicialmente) e auto-suficiente. Eu não fui capaz...
Iniciei a psicoterapia, alterei completamente a minha alimentação e os meus hábitos diários.
Em suma, e como diz um dos meus médicos: "Nós somos o que comemos; se comermos alimentos cheios de hormonas, então vamos aumentar ainda mais a nossa descompensação hormonal". Verdade!
Este blog nasce como o 3º passo para atingir o meu equilíbrio: fazer da minha experiência um ponto de partida para quem (tal como eu estava!) não consegue delinear um plano e segui-lo com foco e tranquilidade.

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